quinta-feira, 15 de março de 2012

Escolhi me acalmar

Terça-feira, cheguei em casa às 18h e, como de costume, sempre que chego cedo, vou logo preparar o jantar para o meu esposo. Jantar feito, mesa posta, já passavam das 20h30. Liguei pra saber se ele já estava perto de casa. Ele disse que havia ligado para o meu outro número, justamente para dizer que precisava terminar um trabalho urgente e que não poderia vir. _Acho que daqui a uma hora termino. _ Foi a resposta dele. Uma hora depois, inquieta, pois não gosto de ficar em casa sozinha, ligo novamente e ele diz que ainda não havia terminado. Esperei até às 23h30. Fui dormir. 

Como queria falar com meu irmão, levei o telefone para o quarto e, após conversar com Nathan, peguei no sono, com o telefone ao lado. Às 2h30, ele toca. _ Chérie, s'il te plaît, viens ouvrir le portail. _ Era Houdou. Naquele momento, senti um misto de raiva, preguiça, vontade de deixá-lo plantado do lado de fora, por pelo menos alguns belos minutos, afinal, ele tinha me dito uma hora. Eu havia esperado horas e horas antes de dormir e, finalmente, ele chega de madrugada e ainda tem a coragem de me acordar?!! Levantei, abri depressa o portão e corri pra cama, sem nem olhar pra ele, que guardava o carro  na garagem. 

Quando ele entrou no quarto, acendeu todas as luzes (o que me deixou extremamente feliz, ironicamente falando) e veio me abraçar. Na minha cabeça: # mascomoéqueeletemacaradepau? Continuei de cara fechada, chaaaaaaaaaaaaata, abusada, um porre! Ele disse: _ Amor, eu tava trabalhando até agora por você! Aquilo mexeu comigo. Fiquei pensando como eu estava sendo injusta com o meu marido. Eu o conheço muito bem. Eu tinha certeza que ele estava trabalhando e eu sabia que aquele projeto é muito importante para nós dois. Desde às 8 da manhã, ele estava na luta. Com certeza, estava muito mais cansado que eu.

Levantei e fui vê-lo. Ele já estava colocando seu jantar que, à essa altura, estava frio. Falei pra ele que iria esquentar, pois não ia permitir que meu marido comesse comida fria. Puxei conversa. Falamos sobre o projeto, pedi desculpas a ele pela forma como eu tinha reagido e agradeci pelos esforços feitos pelo nosso lar. A paz se instaurou imediatamente.

Lição: quantas vezes, por causa de uma bobagem, acabamos fazendo uma tempestade e gerando tensões entre aqueles que nos amam e nós, simplesmente, porque não queremos nos acalmar, entender o outro. Poderíamos ter ficado emburrados naquela noite e ter ido dormir de cara feia. Talvez, nem tivéssemos conseguido dormir, apesar do cansaço. Mas, Deus me ajudou a tomar a atitude certa. A fazer o melhor pela harmonia do meu lar. Afinal, era apenas uma questão de escolha: continuar irritada (sem razão) ou me acalmar e perceber o valor dos esforços feitos pelo meu esposo. Escolhi me acalmar!
















                                                         

3 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkk, imaginei até tua cara bem mansinha, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk.

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  2. Primeiramente, estou estranhando esse comentário tão "fininho" de Priscila... Sara, você escreve maravilhosamente bem. Você sabe buscar conteúdo nos mais simples acontecimentos do cotidiano. Mas não estou querendo dizer com isto que suas histórias sejam vazias, muito pelo contrário. Estou falando de certa habilidade com as palavras que você possui, um domínio que pertence a poucos. Saiba que já lhe sigo e que tens um espaço merecido na minha lista de Blogs amigos (no lado direito, ao lado das minhas postagens. Confira lá!). Ps: Qualquer comentário ou resposta que eventualmente me forem conferidos, ESCREVA EM UMA DE MINHAS POSTAGENS. Farei o mesmo, até porque tenho por hábito não responder aos comentários de minhas postagens. Valeu!

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  3. verdadeiramente essa foi uma lição de vida para nois mulheres que as vezes não queremos aceitar que èrramos. Sua historia me èmocionou, vc è uma mulher sàbia DEus te abeçoe.

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