quinta-feira, 9 de agosto de 2012

As maçãs e o que elas escondem

Hoje pela manhã, vi uma maçã linda na geladeira e decidi comê-la. Como era grande, cortei em duas bandas e qual não foi a minha surpresa ao constatar que a maçã, tão linda e tão verdinha por fora, estava podre por dentro. Na mesma hora, me veio à memória essa passagem da Bíblia: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Assim, também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” Mt 23:27-28. Fiquei ali contemplando a maçã e pensando na minha vida. Talvez eu tenha ficado menos de um minuto nesse ato de contemplação, mas, ele me permitiu refletir sobre mim mesma e minhas atitudes, enquanto cristã. Será que não estou como aquela maçã? Linda por fora e podre por dentro? Será que meu relacionamento com Deus e minha vida com Ele tem sido completa ou será que "aparentemente" vai tudo bem, mas, meu interior está sujo e cheio de corrupção, imperfeição, frutos da minha natureza má, que não refletem a glória de Deus. Aquela maça me fez realmente querer reavaliar a minha vida e a minha posição diante de Deus e dos homens. Querer tirar todo resquício de sujeira que possa estar escondido debaixo de uma bela capa. Afinal, não posso esquecer que os olhos de Deus penetram o interior. Ele já sabia que aquele fruto tão lindo aos olhos humanos estava podre por dentro. Do mesmo modo, ele nos conhece e não adianta tentar nos esconder atrás de embalagens. O melhor que temos a fazer é reconhecer hoje mesmo as nossas falhas e pedir que Ele nos limpe pra que a Sua glória resplandeça em nossas vidas!

Sejam abençoados!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

O amor não conhece fronteiras

Uma amiga publicou algo que me inspirou a escrever este post. Ela me contou a história de um casal de amigos, duas pessoas de continentes diferentes que se conheceram e se amaram, tipo Houdou e eu. É, parece que esse negócio de casais intercontinentais está cada dia mais em alta, viu! Mas, acredito que é algo que vai apenas aumentar daqui pra frente. Na verdade, tem havido uma mudança significativa na nossa forma de olhar o mundo. A tecnologia também tem nos ajudado enormemente neste sentido, afinal, no meu caso, seria realmente impossível que este amor acontecesse sem a ajuda da tecnologia (Retifico: se não fosse pela tecnologia, com certeza, Deus encontraria outro meio de nos unir, pois fomos feitos um para o outro e nenhuma outra pessoa poderia nos fazer felizes!).
Em meio a essas reflexões, acabei lembrando, que antigamente, as pessoas procuravam sempre casar com alguém da mesma família, quando muito, da mesma cidade, com medo do que as misturas pudessem dar. Se formos falar da realeza, então, príncipes sempre deveriam casar com princesas, de preferência do mesmo sangue. Quando penso nisso, acredito que o príncipe Charles tenha causado um grande choque nos membros da família real quando anunciou seu casamento com Diana, na década de 80. Era a história dos sonhos de qualquer menina: a plebeia que virou princesa! É assim. Até hoje, algumas culturas impõem que seus filhos se casem com alguém de mesma nacionalidade, classe social, religião, etc.
Quando dizia que meu noivo era de outro continente, frequentemente ouvi a seguinte pergunta: _ E isso vai dar certo? Vocês são de duas culturas diferentes. Você não tem medo? Minha resposta: _ Não, não tenho medo, porque tenho visto casais que eram vizinhos, cresceram juntos, as duas famílias se conhecem, no entanto, não conseguem viver juntos nem um ano depois de casados. Quando duas pessoas nasceram uma para a outra, não importa de onde elas venham, tem que dar certo!
Sou mesmo uma romântica! Acredito nesses amores de ponto de ônibus. Duas pessoas que se conhecem e quatro meses depois estão casadas, isso há quase trinta anos. O melhor é quando você olha nos olhos deles, depois de todo esse tempo e ainda consegue ver os traços da paixão. Não é verdade, papai e mamãe?
O amor não tem nacionalidade, não tem classe social, nem cor.  Para que o relacionamento dê certo, os dois precisam decidir que vai dar certo. Ceder quando necessário, cobrar quando preciso, doar-se ao outro, não porque queira parecer melhor ou coisa do tipo, mas, pelo simples fato de que o amor é assim: ele só é feliz quando se doa. Entrar em uma história de amor com medos e preconceitos é o primeiro passo para que tudo dê errado! Quer ser feliz? Quando o amor bater à sua porta, não comece a fazer seus pequenos cálculos e a fazer aquela perguntinha que mata qualquer sonho: _ Será? Quando nos abrimos ao amor, as impossibilidades caem por terra. Nem nos apercebemos e aos poucos vamos sendo modelados, um à forma do outro, e acabamos tão parecidos que já não somos mais dois indivíduos, mas uma só carne.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O que um nome pode dizer

Alguns dias sem escrever... Muita correria e compromissos que têm tomado o meu tempo, mas, estou de volta para falar de algo que chamou minha atenção há alguns dias. Tudo começou quando um amigo ligou para o meu esposo e pediu que ele desse o nome à sua filha que acabara de nascer. Ainda me choca um pouco o fato de pensar que a criança ficou nove meses no ventre sem nome e mais uns 15 dias antes que ele nos ligue pedindo um. Também achei que a nossa responsabilidade era muito grande, pois é algo que ela vai carregar para a vida toda. Bem, meu esposo aceitou o desafio e acabou dando o nome da criança "Johana" que quer dizer "Deus me agraciou". Depois desse fato, fiquei pensando nessa história de nomes e nessa relação que o povo africano tem com os hebreus. 

Na verdade, na África, não se dá um nome porque ele é bonito ou está na moda. Também, dificilmente, se dá um nome a uma criança que ainda não nasceu, pois o nome está ligado a todo o processo de gestação e parto da criança, aos sentimentos e a todo o contexto que envolve o seu nascimento. Para citar alguns exemplos do Benin, faço uma pequena lista aqui abaixo:

Parfait - (perfeito) provavelmente, os pais ao virem que a criança era perfeita lhe deram esse nome.
Merveille - (maravilha)
Dieu-Donné - (Tradução literal: Deus-Dado) Parece engraçado, mas esse é o nome da pessoa, "dado por Deus".
Mawgnon - (expressão copiada na íntegra do fon, língua local, que quer dizer Deus é bom)
Accomplie - (Consumado/acabado). Esse nome me chamou a atenção, porque é totalmente atípico e eu quis saber porque a mãe o tinha escolhido para seu bebê. Ela me disse que esse nome é porque era a última filha do casal. Eles já tinham 4 filhos e aquela era a quinta e última, que a missão estava "cumprida".

Comparando com os hebreus, podemos ver na Bíblia vários nomes que foram dados em função da situação vivida naquele momento ou como uma profecia para a criança. O nome do próprio Cristo é um exemplo disto (Emanuel: Deus conosco).  Podemos ver que certos nomes foram mudados, para que o destino daqueles que os traziam também fossem mudados. O mais conhecido é nome de Jacó (usurpador) que foi mudado para Israel (que reina com Deus). Temos também o exemplo do nome do último filho de Raquel, que foi chamado Benoni (o filho da minha dor) pela sua mãe, pois morrera ao lhe dar a luz, mas que foi mudado para Benjamin (o filho da minha direita) por Jacó, seu pai, como forma de mudar o destino daquela criança. O contrário também existe. Vemos que Noemi (graciosa) mudou seu nome para Mara (amarga) quando se viu sem família e sem recursos.

O nome tem uma forte influência sobre as pessoas na Bíblia. Ele diz muito sobre o seu caráter ou história, porém, há um ser Soberano que pode mudar a história de qualquer um, independente do nome que ele tem. Gosto muito da história de Jabez, um rapaz que tinha tudo pra ser derrotado, pois sua mãe lhe havia dado um nome que era para ele como uma maldição, seu nome significava "sofrimento". No entanto, ele fez uma oração pedindo que Deus o abençoasse e a partir de então, sua sorte mudou. Ele foi o maior de sua casa! 

Essa história de nomes nos leva a uma reflexão sobre a maneira como temos sido chamados pelos outros ou por nós mesmos. Muitas vezes, estamos tão abatidos que palavras como desilusão, tristeza, falta de ânimo, sofrimento, dor... tornam-se o reflexo da nossa vida. Às vezes, as circunstâncias nos deram esses nomes, outras vezes foram as pessoas que nos fizeram tanto mal que nos levaram a esses nomes, porém, o importante não é o nome que nos impuseram, mas, o que vamos fazer dele. O nome "fracasso" nos foi imposto? O que vamos fazer para mudar esse nome para "Sucesso"? Não fiquemos parados diante dos problemas  nos lamentando porque algo nos impulsionou a situações difíceis nas nossas vidas, mas, assim como Jabez, levantemo-nos e tomemos uma atitude de coragem. Com certeza, nossa história será mudada!

Deus nos abençoe!

quarta-feira, 6 de junho de 2012

As promessas de Deus e a dor

Como é bom ver as promessas de Deus se cumprirem. No entanto, antes que elas se cumpram existe um período de aperfeiçoamento chamado DESERTO. Quem viu o Senhor me fazer promessas quando ainda estava na minha querida Igreja Congregacional de Queimadas, talvez não saiba, nem entenda que as coisas não foram automáticas. Derramei muitas lágrimas, engoli muitas palavras, gestos e outras coisas que quiseram me tirar do foco. A prova foi grande e só Deus e os que estavam muito próximos a mim (minha família) sabem o que tive de suportar para ver a vitória. 
A primeira etapa foi vencida!

Ao chegar no Benin, passei por mais um momento de provas, onde tive que abandonar o meu "eu", esquecer as coisas que havia deixado para trás, trancar-me no meu quarto e me derramar aos pés do Senhor. Quase um ano de interrogações, dúvidas, vontade de olhar para trás, mas, me apeguei às promessas e pouco a pouco tenho visto o cumprimento delas. 

Hoje, galguei mais um degrau. Deus me pôs entre os "grandes", em um lugar que eu não poderia imaginar chegar, quando todo o processo de dor começou. Sei que muitos desafios ainda irão se colocar em meu caminho, mas, assim como José, eu sirvo ao Deus vivo, que tira o homem do calabouço e da prisão para fazê-lo governar.

Quem tem promessa de Deus pode ser perseguido, pode chorar, sentir vontade de morrer e de abandonar tudo, mas, uma coisa é certa, ele é vitorioso, se permancer fiel, pois toda prova tem um final. Sim, toda prova acaba, mas as promessas de Deus não morrem jamais!

Obrigada, Senhor, por tudo, até mesmo pela dor, pois ela torna a nossa vitória ainda mais saborosa!!!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Quando Deus te diz NÃO!

Pedi algo a Deus durante duas semanas. Corri, lutei, gastei, fui onde jamais havia pensado em ir para conseguir meu objetivo. Orei, entreguei nas mãos d'Ele e disse que se não fosse de sua vontade que Ele não me desse. Ele me deu. Trinta minutos depois, Ele tirou de mim. Fiquei sem entender! Se Ele sabia que eu não poderia ter aquilo, por que Ele permitiu esse percurso tão longo e cansativo? Não sei. Talvez nunca saiba. Naquele momento, tudo o que eu sabia é que deveria adorá-lo e agradecer-lhe. Foi o que fiz. Às vezes temos a sensação que Deus está brincando com a gente, mas, é pura sensação! Deus não brinca com os sentimentos de ninguém. Simplesmente, Ele vê o oculto e o escondido. Ele vê o futuro e as consequências daquilo que queremos. Se algo de ruim me acontecesse, com certeza, eu iria culpá-lo por ter me dado o que pedi e isso não iria glorificar seu nome. Então, mais uma vez, obrigada, Senhor, pelo que tu tiraste de mim, pois o teu melhor ainda está por vir!

"...O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois o entenderás". João 13:7

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Abril é mês de festa!

Ontem eu tive um dia meio corrido e não tive tempo de escrever, mas, hoje aproveito pra falar um pouco sobre os dias 12 e 13 de abril. Eles são mais que especiais para mim. Dia 12 é o aniversário do meu esposo e dia 13 o aniversário de casamento dos meus pais.

Deus sempre tem boas surpresas para os seus filhos. Quem diria que essas pessoas tão queridas comemorariam datas tão especiais assim, um dia após o outro. 

Tudo que eu gostaria de dizer é que meus pais sempre foram meu alicerce, meu exemplo, minha inspiração e Houdou veio completar essa visão de família que eu tinha. Um homem de caráter, de princípios, bom filho, bom esposo, (acredito que será também um bom pai). Meus pais sempre foram meus amigos. Rimos, choramos, oramos, esperamos, batalhamos juntos. Houdou é meu companheiro, aquele com quem compartilho tudo. Quem conhece minhas fraquezas e sabe valorizar meus pontos fortes.
Sou muito grata a Deus pela minha família. Pelos meus pais, meus irmãos e meu esposo amado que veio completar esse time da "PESADA". Realmente, é festa no céu e na terra!

JOYEUX ANNIVERSAIRE, MON AMOUR!
FELIZ ANIVERSÁRIO PAPAI E MAMÃE! 

CE N'EST QUE LE DÉBUT DU COMMENCEMENT POUR LA GLOIRE DE DIEU!*
É APENAS O INÍCIO DO COMEÇO PARA A GLÓRIA DE DEUS!*

*Quem entendeu deixa um comentário!


segunda-feira, 2 de abril de 2012

Caminhos...

 Oh profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Romanos 11:33

O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Romanos 11:33
O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!
Romanos 11:33

Os caminhos de Deus são realmente inescrutáveis! Eu já havia pensado em morar um tempo na África, em ser missionária no Continente, mas, jamais tinha me imaginado casada com um africano. 

No finalzinho de 2007, minha mãe sonhou que eu casava com um estrangeiro. No sonho, ela não podia identificar a nacionalidade dele, mas, ela sabia que ele vinha de longe. Ele a via e lhe dizia que preparasse o enxoval e a festa que ele queria casar logo comigo, pois precisava voltar para o país dele. No sonho, ela se perguntava se eu estaria de acordo e, ao me encontrar, ela me perguntou se eu estava sabendo disso e eu simplesmente respondia que o amava. 
Quando acordou, ela ficou surpresa com aquele sonho e, mais tarde, enquanto fazíamos as tarefas domésticas, ela começou a me dizer:

_ Sara, tu vais casar!
_ Eu, mamãe?! Que história é essa?
_ Eu sei que tu vais casar e é com um estrangeiro. Eu sonhei.
_ E foi? Como foi esse sonho?
(Ela conta o sonho)
_ Ih, mamãe, será? Eu não sei, não. Mas, quem sabe...

Na verdade, eu não tinha convicção de que iria casar logo, pois ninguém era "do meu agrado". Meus amigos costumavam dizer que eu era uma rocha e que o cara que quisesse "encarar" tinha que ter muita força de vontade, pois seria difícil.

O tempo passou e outras pessoas continuaram a dizer que eu iria casar logo e que eu iria morar em outro país. Pessoas diferentes, em lugares diferentes. Ouvi mais de dez vezes a mesma história. Estava começando a me convencer do fato, pois, eram pessoas com quem eu não tinha muito contato e eu não havia falado sobre o que estava acontecendo a nenhuma delas.

Ao conhecer Houdou, não vi nele esse "prometido" do qual tanto tinha ouvido falar. Primeiramente, porque estava conhecendo outro rapaz e me interessando por ele e, depois, por causa das fotos que meu cher Houdou postava. Como ele podia me atrair com aquelas fotos, em que usava roupas com cores tão fortes que eu nem conseguia prestar atenção ao rosto dele? (só disse isso a ele, depois de casada, claro! Rsrsrs).

Nosso primeiro encontro no msn foi muito interessante. Nas nossas imagens de apresentação havia uma árvore (ele) e uma montanha (nada melhor para me representar). Depois de muito tempo de conversa, decidimos colocar nossas fotos e quais foram as nossas reações:

_ Que princesa! (Ele)
_ Que roupa acanalhada! (Eu)

Ele pediu o número do meu celular. Dei. Pensei que não fosse ligar logo, pois iria gastar muito para isso. Terminamos a conversa. Desliguei o computador. Meu telefone tocou. _ QUEM? Era ele. Fiquei sem palavras, em um primeiro momento, mas, depois, percebi que estava tão, mas tão feliz que não conseguia parar de sorrir. Aqueles 10 ou 14 minutos (não lembro bem) foram muito especiais para mim, mesmo sem saber o porquê.

Foi o início de uma série de ligações que se tornaram diárias. Elas faziam meus dias melhores e, quando não as recebia, sentia um vazio enorme dentro de mim. Eu ainda não tinha entendido que era amor, até ser obrigada a ficar 3 dias sem ouvir aquela voz. Mas, isso é assunto para outro post...